Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/03/2003
Para garantir a segurança de aeroportos e outros locais visados por terroristas, detectores de metais devem ser sensíveis a ponto de realmente impossibilitar que alguém tenha acesso portando uma arma escondida. No entanto, ninguém deseja o transtorno causado por aparelhos mal regulados, apitando quando da passagem de pessoas sem nada a esconder. É o caso, por exemplo, de portadores de marca-passos e outras próteses metálicas.
Agora, cientistas norte-americanos acreditam estar próximos à solução desse tipo de problema. Eles desenvolveram um material semi-sólido, que apelidaram de "material fantasma". O novo material pode simular as características eletromagnéticas de diferentes tecidos do corpo humano, em uma ampla faixa de freqüências. O material moldável, um compósito de carbono e silicone, pode ser incorporado aos equipamentos médicos implantados nos pacientes e então submetido aos campos magnéticos das portas detectoras de metal. Isto irá auxiliar os cientistas a determinar os efeitos desses campos magnéticos sobre os marca-passos, aparelhos de audição, bombas de infusão etc., bem como a configurar adequadamente os detectores de metais.
Atualmente, alguns fabricantes de detectores de metais efetuam este tipo de teste mergulhando os aparelhos médicos em líquidos que possuem condutividade semelhante àquela dos tecidos humanos. Mas os objetos movimentam-se no interior do líquido, produzindo leituras com variações. Além, vários líquidos são instáveis ou se evaporam rapidamente.
O novo material pode ser construído de forma a apresentar a condutividade de qualquer tecido do corpo humano e, devido à sua rigidez, manter fixos os equipamentos submetidos ao teste.