Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/11/2002
Tanques de guerra logo poderão ser capazes de se auto-consertar e mudar suas cores no campo de batalha graças a uma nova tinta para camuflagem. Esta tecnologia está sendo desenvolvida por uma equipe de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de New Jersey, Estados Unidos, em cooperação com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de armamentos do Exército norte-americano.
Veículos militares, incluindo tanques, caminhões, helicópteros e sistemas de armas poderão receber a nova tinta para camuflagem. Com ela, eles serão recobertos por uma camada de revestimento que estará recheada por nanotecnologia.
As microscópicas máquinas eletromecânicas - conhecidas como nanomáquinas - que formam a texturua da tinta, enviarão sinais para o pessoal do Exército, alertando-os se a cobertura de camuflagem for danificada.
Se os tanques sofrerem corrosão ou forem arranhados, a própria tinta de camuflagem perceberá o dano e poderá ser capaz de restaurar-se automaticamente.
O revestimento também irá tornar os equipamentos menos sensíveis à explosões, tornando-os mais seguros para os soldados que vão em seu interior.
Mas, mais importante, os tanques se comportarão como camaleões, criando camuflagens instantâneas à medida em que avançam no campo de batalha. O revestimento se adaptará conforme as condições ambientais do trecho em que os veículos estiverem passando, tornando-os virtualmente invisíveis.
O Exército ficou extremamente interessado na tecnologia de revestimento inteligente. Além das vantagens no campo de batalha, as tintas de camuflagem hoje utilizadas nos equipamentos são caras e exigem intensa mão-de-obra para serem aplicadas. Estima-se que as Forças Armadas norte-americanas gastem anualmente US$10 bilhões com a manutenção externa de seus veículos e equipamentos, US$2 bilhões dos quais apenas com pintura e funilaria.