Micro-foco de calor é a solução para próxima geração de discos rígidos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/12/2006

A empresa japonesa Fujitsu anunciou ter conseguido desenvolver um elemento óptico de múltiplas camadas capaz de gerar focos de luz menores do que 100 nanômetros. Esta é a primeira vez que se consegue um foco dessa magnitude, essencial para a fabricação da próxima geração de discos rígidos.

Para se atingir a densidade de um Terabit por polegada quadrada, cerca de 10 vezes mais dados por área do que os HDs atuais conseguem lidar, mas essencial para a crescente demanda por mais espaço de armazenamento, os engenheiros descobriram que terão que utilizar materiais de gravação magnética que precisam ser aquecidos para permitir que os dados sejam gravados em espaços menores e, mesmo assim, poderem ser gravados e lidos com precisão e confiabilidade. É a chamada gravação termicamente assistida.

Não se trata de aquecer todo o HD, o que tornaria o projeto impraticável, mas apenas de aquecer o ponto exato onde está sendo feita a leitura. É aí que entra a nova descoberta da Fujitsu.

Para que a gravação termicamente assistida torne-se uma realidade, os elementos ópticos deverão ser integrados na cabeça de leitura do disco rígido. E esses elementos deverão ser capazes de gerar focos de calor minúsculos.

Segundo a empresa, seus engenheiros foram capazes de gerar um foco de 88 nanômetros por 60 nanômetros, com uma eficiência óptica de 17%. É o menor foco já conseguido até hoje e o primeiro abaixo da faixa dos 100 nanômetros.

A empresa não apresentou previsões de quando a nova tecnologia poderá chegar ao mercado.