Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/05/2006
Man-Hong Yung, um jovem estudante da Universidade de Illinois, Estados Unidos, já é cotado entre as maiores autoridades mundiais em computação quântica. Agora ele anunciou o desenvolvimento de um novo esquema para a construção de um processador quântico.
A idéia é manter os qubits ativos o tempo todo, ao invés de ficar chaveando-os entre as posições ligado e desligado, como nos computadores tradicionais. Segundo Yung, isso poderá resultar em um projeto tecnicamente mais factível, além de permitir, teoricamente, a construção de computadores quânticos mais eficientes e até mais rápidos do que era previsto até agora.
Os qubits - bits quânticos - guardam as informações como uma superposição simultânea de 0s e 1s. A mecânica quântica também permite que os qubits se entrelacem, distribuindo a informação entre múltiplos qubits.
Até agora os cientistas têm tentado aprisionar e controlar com precisão os qubits para fazê-los operar em conjunto. Esta não tem sido uma tarefa fácil. Há até estudos que afirmam que será impossível construir-se um computador quântico.
Mas o quase-Dr. Yung afirma que o núcleo de um processador quântico pode prescindir de tamanho controle, simplesmente deixando os qubits ativos o tempo todo e mais, trocando informações continuamente com os seus vizinhos. Essa influência mútua entre os qubits, nas experiências atuais, simplesmente faz com que a informação guardada no qubit seja perdida.
Segundo a nova teoria, todo o conjunto de qubits ficaria entrelaçado, gravando e manipulando os dados como um grupo. A chave para fazer com que este esquema funcione é ter um banco de qubits separado, voltado exclusivamente para o armazenamento de dados. Esse banco independente trocaria informações continuamente com o núcleo do processador quântico.
Embora esta nova arquitetura possa ser mais fácil de ser implementada, esse núcleo do processador que permanece sempre ligado ainda terá que ser demonstrado experimentalmente.
A idéia será divulgada oficialmente em um artigo científico ainda por ser publicado. O artigo aparecerá na Physical Review Letters, ainda não estando disponível. Começará então a corrida entre os cientistas experimentalistas para ver quem consegue implementar primeiro esta nova arquitetura e verificar o seu funcionamento.