Redação do Site Inovação Tecnológica - 03/05/2006
A pesquisadora Julie Thorpe, da Universidade Carleton, Canadá, resolveu adotar um enfoque radical quando se trata do emprego de senhas para a utilização de sistemas informatizados ou para entrar em locais seguros: simplesmente informe sua senha ao sistema pelo pensamento.
Não, ela não é adepta da paranormalidade. Seu enfoque é bem mais prático e utiliza uma ferramenta tradicional da área médica: o eletroencefalograma. Esses equipamentos medem os sinais elétricos do cérebro, captando-os por meio de eletrodos colados sobre a cabeça.
Hoje, além das tradicionais senhas, temos que responder a vários outros tipos de questionamentos, como respostas a perguntas previamente formuladas, datas de nascimento ou de casamento, números de documentos etc.
"Que tal se nós pudéssemos nos identificar apenas pensando na senha?" pergunta a cientista. "Seria virtualmente impossível que alguém roubasse ou descobrisse sua identificação - já que ela combinaria um pouco de quem você é com um pouco do que você sabe."
É claro que os equipamentos de eletroencefalograma não são práticos para o uso diário. Além de enormes, eles exigem o emprego de um gel para fazer o contato dos eletrodos com a cabeça do paciente.
É por isso que Thorpe resolveu criar uma espécie de capacete, que utiliza eletrodos secos. Antes, porém, ela terá que provar sua teoria, de que os sinais elétricos do cérebro que podem ser captados com os sensores atuais são consistentes e únicos. Só assim será possível a construção de um equipamento que leia sempre os mesmos dados, a partir dos mesmos pensamentos.
No futuro, ela afirma que mesmo o capacete poderá ser substituído por um equipamento parecido com um fone de ouvido profissional, permitindo o uso prático da sua identificação pelo pensamento.