Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/07/2005
Pesquisadores do Imperial College, Inglaterra, descobriram uma maneira mais simples e segura de detectar fraudes em documentos. Ao invés de complicados hologramas, tintas de segurança ou chips RFID, basta utilizar um pequeno scanner a laser e rastrear as imperfeições microscópicas do material.
Todas as superfícies não reflexivas, como papéis, cartões plásticos e embalagens, possuem rugosidades características, virtualmente impossíveis de serem modificadas ou duplicadas. Essas rugosidades são uma fonte incomparável de aleatoriedade, muito mais poderosa do que qualquer código que se possa criar.
"Este é um sistema tão seguro que nem mesmo os inventores foram capazes de quebrá-lo, já que não existe um processo de fabricação capaz de copiar imperfeições de superfícies com o nível de precisão necessário," afirma o coordenador da pesquisa, professor Russell Cowburn.
Os cientistas examinaram a estrutura de diferentes superfícies utilizando um feixe de raio laser e gravaram a intensidade da reflexão, por meio de sensores fotosensíveis. A técnica foi testada com êxito em cartões de crédito, crachás, papéis de embalagens e papéis comuns.
A técnica é tão precisa que os pesquisadores conseguiram identificar uma folha de papel mesmo depois de amassá-la completamente, submergí-la em água, aquecê-la em um forno, esfregá-la com uma esponja de limpeza e riscá-la totalmente com caneta preta.
"A maravilha desse sistema é que não há necessidade de modificar o ítem a ser protegido de nenhuma forma, com etiquetas, chips ou tintas. É como se os documentos e caixas tivessem seu próprio e único DNA," conclui o Dr. Cowburn.
Para comercializar a invenção, os pesquisadores criaram a empresa Ingenia Technology.