Redação do Site Inovação Tecnológica - 12/08/2004
O instituto de pesquisas japonês AIST ("National Institute of Advanced Industrial Science and Technology") apresentou um novo conceito de sistema táctil que poderá revolucionar a forma como pessoas cegas ou com sérias deficiências visuais interagem com o computador.
O sistema de posicionamento funciona com base na força e no torque feito pelo dedo do usuário, permitindo a emulação de movimentos de um mouse e a operação de interfaces gráficas. É como se o usuário estivesse desenhando na areia, mas com a incrível capacidade de voltar e fazer com que a areia retorne à sua situação anterior, apagando o desenho sem deixar marcas.
O aparelho consiste de 1.536 pinos que se movem para cima e para baixo de forma independente uns dos outros, podendo formar uma infinidade de padrões. Quando um dos pontos do painel é pressionado, sua localização é identificada com exatidão e o próximo pino se levanta. Com isto o movimento do dedo é monitorado em tempo real.
Baseando-se nesse princípio, o usuário pode desenhar ou apagar figuras livremente sem a necessidade da visão, já que os pinos vão dando o "feedback" necessário. Essa atuação também permite a implementação de funções do mouse, como movimentar, selecionar e mover.
Devido à estrutura simples, com um único sensor conectado à base do painel, não são necessárias complexas fiações e a tela do painel táctil pode ser modificada de forma independente.
Trabalhos anteriores, utilizando sensores ultrasônicos de posição ou a localização da posição seguindo uma marca colocada no dedo por meio de uma câmera de TV, apenas conseguem detectar a posição. Já este novo sistema pode oferecer funções de interface de forma muito mais flexível, já que fornece, além das informações de posição, dados do contato, como intensidade e direção. Graças a essas inovações, ele poderá servir como uma plataforma para que deficientes visuais projetem e proponham interfaces que sejam fáceis de serem utilizados por eles próprios.