Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/11/2003
Cientistas das Universidade Carnegie Mellon e New Mexico (Estados Unidos) estão retirando inspiração da natureza para tentar dotar redes de computadores de uma ciber-diversidade que as tornará mais seguras contra ataques de vírus, worms e outros tipos de códigos destrutivos.
Na natureza as doenças são mais devastadoras quando um organismo infeccioso encontra uma monocultura, uma grande área tomada por indivíduos similares, todos suscetíveis ao método de ataque daquele agente patológico. Da mesma forma, vírus de computador exploram a mesma falha em cada computador que estiver rodando o mesmo programa.
"Nós estamos olhando para os computadores da mesma forma que um médico olha para pacientes geneticamente relacionados, cada um suscetível à mesma disfunção," explica o professor Mike Reiter. "Em uma população mais variada, um membro poderá ser vitimado pela patogenia ou pela disfunção, enquanto outro poderá não ter a mesma vulnerabilidade."
O objetivo do projeto é fazer com que certos aspectos dos programas alterem-se dinamicamente, reduzindo a vulnerabilidade da rede. Cada computador individualmente não necessariamente ficará mais seguro, mas a rede toda sim, já que um vírus conseguirá infectar muito menos máquinas. O novo sistema evitará casos como o do vírus Code Red, que infectou cerca de 350.000 computadores em apenas 13 horas.
A pesquisa faz parte do programa "Cyber Trust" da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos e deverá adotar um enfoque totalmente automático, que independe da atuação dos fabricantes de software ou mesmo do usuário. Quando os programas incorporarem as novas rotinas, a variação de seu código será permanente e automática, aumentando sua eficiência e a um custo mais baixo do que o enfoque tradicional, de seguidas alterações de versões.