Novo protocolo permitirá grid computing

Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/02/2003

Um pesquisador da Penn State University (Estados Unidos) desenvolveu um método mais rápido para o compartilhamento de recursos dispersos na Internet, tais como serviços Web, bases de dados e computadores de alto desempenho.

Jonghun Park, professor assistente na Escola de Ciências da Informação e Tecnologia, autor da pesquisa, disse que a nova tecnologia aumenta a velocidade de alocação de recursos em até 10 vezes. "No futuro próximo, a demanda por aplicações colaborativas na Internet irá crescer," disse Parks. "Uma melhor coordenação será necessária para atender a essa demanda e este protocolo fornece isto."

O cientista descreveu seu novo protocolo em uma palestra realizada no último dia 29, em um simpósio sobre aplicações na Internet realizado em Orlando, na Flórida.

O algoritmo proposto por Park permite melhor coordenação de aplicações na Internet para dar duporte a computação em larga escala. O protocolo utiliza métodos paralelos para processar as solicitações, ao invés dos métodos seriais tradicionais. Isto propicia mais eficiência na alocação de recursos assim como resolve o problema de causado por várias aplicações competindo pelos mesmos recursos.

O novo protocolo também permite que as aplicações escolham entre recursos disponíveis. A tecnologia atual não suporta estas escolhas, limitando sua utilização. Ele tem outra vantagem: como ele é descentralizado, o protocolo proposto por Park pode trabalhar com sua própria informação. Isto permite a colaboração entre múltiplas organizações independentes no ambiente aberto da Internet. Os atuais protocolos exigem a comunicação com outras aplicações.

Informações e recursos computacionais largamente distribuídos, integrados em uma única rede coesa - este é o conceito de computação pela Internet - permite uma troca de informações entre os usuários de maneira mais ampla do que é possível hoje. Um exemplo dessa colaboração é a computação distribuída ("grid computing") que, da mesma forma que a rede de energia elétrica, integra todos os recursos disponíveis para dar suporte a computação científica em larga escala. Atualmente o desenvolvimento de organizações virtuais é limitado porque elas requerem um método mais sofisticado de alocação de recursos. O novo protocolo atende a essa necessidade.