Lei de Moore para os discos rígidos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/06/2002

A todo momento surgem novidades e tecnologias que pretendem assumir a posição dos meios magnéticos de armazenamento, que estariam se aproximando do fim. Não parece ser ainda o caso dos discos rígidos.

Os discos rígidos possuem atualmente densidades de armazenamento de 6 gigabits por polegada quadrada. Essa densidade tem crescido a taxas de 60% ao ano, o que equivale a dobrar a cada 18 meses. Exatamente como a Lei de Moore com a relação aos transistores.

O aumento na densidade tem se dado graças à redução dos grânulos magnéticos que guardam cada bit. Atualmente, cada bit exige um amontoado desses grânulos, cerca de 1.000, de forma a manter constante a eficiência de leitura.

A diminuição da quantidade de grânulos formadores de cada bit pode levar a instabilidades na magnetização. Um bit poderia ter seu valor invertido, por exemplo, por variações de temperatura.

Uma solução quase óbvia para o problema seria construção de materiais que conseguissem armazenar, com segurança, um bit em apenas um grânulo.

É isso que estão tentando fazer pesquisadores da IBM e da General Eletric, trabalhando conjuntamente. Grânulos individuais não estão sujeitos à interferência que um grânulo impõe sobre os demais de seu amontoado.

O maior desafio consiste em se separar os grânulos, o que está sendo feito em nanoescala. Um feixe de íons escava padrões geométricos em uma liga magnética, deixando pilares de cerca de 50 nanômetros quadrados e 5 nanômetros de altura.

Isso poderá elevar a densidade de armazenamento para 30 ou 40 gigabits por polegada quadrada.

Mas os pesquisadores dizem que, teoricamente, será possível se aproximar de 150 gigabits. Eles esperam que os primeiros protótipos com essa tecnologia possam estar prontas em 2004.