Redação do Site Inovação Tecnológica - 27/03/2006
Um dos maiores gargalos nas pesquisas feitas por sondas e naves espaciais é a limitada largura da banda disponível para suas comunicações. As mais modernas sondas interplanetárias têm um sistema de comunicação que é pouco mais rápido do que um modem comum.
Agora, pesquisadores do MIT, Estados Unidos, criaram um novo sensor de luz que poderá finalmente levar a banda larga às pesquisas espaciais. "Pode levar horas, com a atual tecnologia de rádio-freqüência, para se obter informações científicas em volume suficiente, enviadas de Marte à Terra. Mas um link óptico pode tornar isto milhares de vezes mais rápido," diz o pesquisador Karl Berggren.
O novo sensor eleva a eficiência da detecção para 57 por cento no comprimento de ondas de 1.550 nanômetros, o mesmo comprimento de onda utilizado hoje nas transmissões de fibras ópticas. Isto é quase três vezes a eficiência atual, que é de cerca de 20 por cento.
Hoje, as imagens fotográficas tomam quase todo o tempo de transmissão das sondas espaciais. Mas, com o novo sensor, os cientistas já sonham com transmissões de filmes ao vivo e a cores.
O novo detector, que é baseado na tecnologia de nanofios e supercondutores, pode detectar sinais de luz extremamente fracos - até mesmo um único fóton, a unidade básica da luz.