Redação do Site Inovação Tecnológica - 07/06/2004
O acidente com a nave Colúmbia afetou a exploração espacial mais do que se podia prever inicialmente. Um dos maiores prejudicados foi o telescópio espacial Hubble, que permitiu uma verdadeira revolução na astronomia e na astrofísica. O problema é que o potente telescópio necessita de manutenções periódicas, que sempre eram feitas pelos ônibus espaciais.
A comissão que investigou o acidente com a Colúmbia definiu que os ônibus espaciais só poderão voltar a ser utilizados para missões junto à Estação Espacial Internacional. Pelo menos até que seja construído um sistema de resgate adequado, que permita que a tripulação volte em segurança em caso de problemas na nave.
Mas o Hubble não vai durar tanto. Suas baterias deverão durar no máximo um ano e meio e os giroscópios talvez nem garantam por tanto tempo a precisão que é a marca registrada do telescópio.
A NASA chegou a anunciar que o Hubble seria abandonado. Mas a gritaria dos cientistas foi tamanha que a agência espacial acabou de abrir propostas para avaliar missões que consigam salvá-lo.
Há duas possibilidades mais plausíveis. A primeira delas seria nada menos do que trazer o Hubble de volta à Terra, consertá-lo e enviá-lo novamente ao espaço. Esta é a possibilidade preferida pelos cientistas, já que permitiria a incorporação de novos equipamentos que foram desenvolvidos depois do lançamento do Hubble, aumentando sua potência e eficiência.
Mas há também a possibilidade do envio de robôs teleguiados, que fariam os consertos necessários. Está descartado o envio de robôs autônomos, já que seu desenvolvimento seria muito demorado e haveria muito risco envolvido na sua operação. Os robôs teleguiados deverão ser acionados por rádio, com cada delicado passo do conserto do Hubble sendo controlado pela equipe em terra.