Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/03/2003
O setor espacial é uma das áreas para definição de projetos conjuntos entre o Brasil e a Argentina que começam a ser discutidos oficialmente nesta segunda-feira (24), com a instalação do Comitê Gestor de Cooperação Científica e Tecnológica entre os dois países.
Em sua primeira reunião, às 10h, na sala dos Conselhos do Ministério de Ciência e Tecnologia, o Comitê Gestor vai apreciar a Declaração Conjunta sobre Cooperação Científica e Tecnológica entre Brasil e Argentina; o Memorando de Entendimento entre o MCT e a secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva da Argentina e o Programa Brasil-Argentina de Cooperação em Ciência, Tecnologia e Inovação, que conta com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID.
As ações foram acertadas entre o Ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral, e o Secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva da Argentina (SECyT), Julio Luna, em recente viagem do ministro brasileiro àquele país.
Além do setor espacial, o Comitê irá estudar projetos nas áreas de biotecnologia, energia, energia nuclear, agricultura, fármacos, tecnologia da informação e comunicação, saúde, recursos renováveis e não-renováveis. Outro tema que terá ênfase é a formação e capacitação de recursos humanos, no âmbito do Mercosul.
"Temos que concretizar a cooperação entre países, particularmente com os da América do Sul. Não podemos ficar apenas nas intenções," afirma o Ministro de Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral.
A Declaração Conjunta Sobre Cooperação Científica e Tecnológica entre Brasil e Argentina, firmada entre os ministros Roberto Amaral e Julio Luna, no dia 21 de fevereiro, em Buenos Aires, sublinha que serão realizados "esforços prioritários" para a promoção do "desenvolvimento e da inclusão social".
Assim, acentua o documento, "a ciência na educação constitui objetivo fundamental nesse contexto, mediante programas que reintroduzam e reforcem os currículos científicos no ensino fundamental e aumentem a capacitação dos cientistas de nível superior e com pós graduação, criando melhores condições para a permanência e o emprego do pesquisador qualificado no próprio país".