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SETI atinge um milhão de anos de computação

Redação do Site Inovação Tecnológica - 29/04/2002

SETI atinge um milhão de anos de computação

O programa SETI ("Search for Extraterrestrial Intelligence") está prestes a comemorar uma marca histórica: um milhão de anos de tempo de computação no processamento de dados recolhidos do espaço. E o recorde foi conseguido em cerca de 3 anos. Grandes rádio-telescópios, como o de Arecibo, em Porto Rico, recolhem ondas magnéticas vindas do espaço. A seguir, estas gravações devem ser escrutinadas em busca de padrões, algo que poderia ser traduzido como uma tentativa de alguma inteligência extraterrena fazer contato com a humanidade.

A tarefa de busca dessas padrões é intensiva em processamento e dificilmente os gestores do projeto conseguiriam verbas para comprar computadores em número adequado para uma busca que fosse minimamente significativa. A saída foi convencer 3,5 milhões de pessoas a cederem seus próprios computadores para efetuar o trabalho. A proposta é interessante. O voluntário baixa um pequeno arquivo, responsável por executar o processamento. O programa funciona como um protetor de tela, só entrando em ação quando o computador está inativo. Ela baixa uma porção dos dados recolhidos do espaço, um pouco mais de 100 segundos de gravação, e começa a fazer suas buscas. Ao terminar, ele envia o resultado de seus cálculos para o computador central e baixa automaticamente nova massa de dados para trabalhar. Cada ciclo desses demora de 10 a 50 horas, dependendo da velocidade do computador e do ritmo de trabalho do voluntário.

O microcomputador de cada voluntário torna-se um nó de uma rede aberta, materializando o sonho de muitos teóricos da computação. O "supercomputador" virtual SETI tem a mesma capacidade que o maior computador atualmente instalado no mundo. O "simulador da Terra", como está sendo chamada a máquina do tamanho de quatro quadras de basquete e 36 gigaflops de capacidade, foi instalada em Yokohama, no Japão, e vai trabalhar na previsão do tempo.

Até o momento, o SETI ainda não encontrou sinais de vida inteligente fora da Terra. Mas a cooperação conseguida com o projeto demonstra que há vida inteligente aqui na Terra.

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