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Meio ambiente

Termômetro infravermelho detecta pessoa doente no meio de uma multidão

Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/07/2006

Termômetro infravermelho detecta pessoa doente no meio de uma multidão

A gripe aviária trouxe à tona a dificuldade de se lidar com a saúde pública em larga escala. Como deter a proliferação de uma doença transmissível com o ir-e-vir incessante de pessoas em escala planetária? Como localizar uma pessoa possivelmente infectada em meio às multidões que lotam diariamente os aeroportos internacionais.

Cientistas russos acabam de criar um novo equipamento que, se não der uma resposta cabal a essas perguntas, pelo menos poderá ajudar muito a minimizar o risco de proliferação de doenças que causam infecções no organismo humano.

O sinal externo mais forte de qualquer infecção é a febre - ou seja, a elevação da temperatura do corpo. Partindo de algo tão básico, os cientistas da Academia Russa de Ciências, liderados pelo Dr. G.R. Ivanitsky, criaram um scanner por raios infravermelhos que consegue medir a temperatura das pessoas à distância, mesmo que elas estejam em meio a uma multidão.

O termômetro infravermelho funciona a distância, sendo capaz de detectar pessoas com febre com uma precisão de centésimos de grau. Isso é muito mais preciso do que as medições feitas com os termômetros caseiros, que trabalham com uma precisão de décimos de grau.

A idéia é realmente simples. Mas o grande feito dos cientistas não está na coleta dos dados, mas em sua interpretação. Isso porque a temperatura varia significativamente de pessoa para pessoa e nas várias áreas da face de uma mesma pessoa. Isso deve às peculiaridades da rede capilar, da camada de gordura e da própria pele de cada um. Então, como detectar, no meio de uma multidão, se uma pessoa está doente?

A saída está em uma característica mais geral: apesar das diferenças individuais e locais, cada pessoa tem um ritmo bastante estável de alteração de temperatura. A temperatura individual, considerando as várias partes da cabeça, varia em uma faixa de sete décimos de grau. Essa característica permite detectar com segurança a verdadeira temperatura de uma pessoa.

Para chegar a padrões seguros de detecção, os cientistas primeiro tiveram que desmistificar uma crença bastante popular: a de que as pessoas conseguiriam baixar a temperatura corporal apenas controlando sua respiração. Os testes não validaram essa hipótese.

Segundo eles, isso ocorre porque a alteração do ritmo da respiração - seja controlada, seja advinda de uma corrida para se pegar o avião - gera dois processos de natureza oposta: um eleva a temperatura corporal e o outro diminui. Por exemplo, numa pessoa ofegante, o trabalho dos músculos respiratórios aquece o organismo, mas a ventilação ativa dos pulmões o resfria. O oposto ocorre se a pessoa segura a respiração.

A variação causada pelo ritmo da alteração natural da temperatura é muito maior do que a variação causada por variações no ritmo respiratório. Baseando-se nos resultados de testes feitos com voluntários, os cientistas chegaram a uma constante - na verdade, uma faixa de valores - a partir da relação entre a temperatura da região da veia carótida e a temperatura da testa. Essa relação varia entre 0,98 e 1,03. Qualquer valor diferente disso, é uma indicação segura de que a pessoa está com febre.

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