Agência USP - 04/03/2005
O Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), que funciona dentro do campus da USP, desenvolveu um processo de regeneração de areia de fundição utilizada na moldagem de peças metálicas e posteriormente descartada.
A tecnologia baseia-se no tratamento a seco, que possibilita a remoção de cerca de 90% do material poluente, e permite a reutilização dos resíduos em processos de moldagem que exigem areia limpa.
As indústrias metalúrgicas instaladas no Brasil produzem anualmente dois milhões de toneladas desse resíduo - metade apenas no Estado de São Paulo -, geralmente contaminado por metais pesados, como chumbo e cobre, e por fenol, produto químico orgânico encontrado em resinas.
O equipamento trabalha com processos mecânicos de regeneração, por meio da separação de partículas. A mini-usina possui todos os recursos encontrados em usinas fixas, com a vantagem de que a empresa não terá gastos com o transporte da areia.
O custo equivale a aproximadamente um quinto do exigido para a armazenagem em aterros sanitários, dependendo do nível de tratamento necessário. Para pequenas e médias empresas, não é viável a reciclagem do material por meio de usinas de tratamento fixas.
Mariotto destaca que o projeto introduz um conceito inovador para a solução de um problema importante, que afeta um ramo industrial sem condições de atender às exigências atuais relativas ao meio ambiente.
As empresas interessadas no serviço podem entrar em contato com o IPT por meio do Serviço de Atendimento ao Cliente, pelos telefones (11) 3767-4744 / 3767-4126 / 3767-4456.
A tecnologia desenvolvida pelo IPT contou com o apoio financeiro da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e das empresas Fagor Ederlan Brasileira Ltda, Lepe Indústria Comércio Ltda e da Metalúrgica Ipê S.A..