Redação do Site Inovação Tecnológica - 10/04/2007
O presidente Bush quer comprar etanol do Brasil. Os agricultores norte- americanos, por sua vez, estão ampliando suas áreas de cultivo de milho e soja, por acreditarem que o etanol que será consumido em seu país deverá ser feito a partir de grãos.
Biocombustíveis
Mas um grupo de pesquisadores norte-americanos não concorda com nenhuma dessas duas posições. Paul Adler, Stephen Del Grosso e William Parton - o primeiro do Ministério da Agricultura dos Estados Unidos e os dois últimos da Universidade do Colorado - acabam de publicar um estudo que afirma que há alternativas mais eficientes para a produção de etanol.
"Nós fizemos uma análise única das emissões líquidas de gases causadores do efeito estufa dos principais grãos geradores de biocombustíveis, combinando dados de modelos computadorizados dos ecossistemas com estimativas da quantidade de combustíveis fósseis utilizados para plantar e produzir os grãos," explica Parton.
Alternativas à cana-de-açúcar
Os resultados do estudo mostraram que, quando comparados com a gasolina e o diesel, o etanol e o biodiesel feitos a partir de rotações de milho e soja reduzem a emissão de gases causadores do efeito estufa em quase 40%.
Mas o capim amarelo, também conhecido como caniço malhado, alcança uma redução de 85%. E não é ainda a melhor opção. O milheto e o choupo do Canadá atingem 115% de redução.
Tanto o milheto quanto o choupo do Canadá oferecem a maior compensação na redução de emissões de combustíveis fósseis e chegam a dobrar esses ganhos se forem utilizados para geração de eletricidade via gaseificação de biomassa.