Redação do Site Inovação Tecnológica - 12/06/2006
Cientistas criaram uma nova tecnologia de imageamento médico não-invasiva, que mantém os benefícios da ressonância magnética mas elimina os efeito da exposição dos pacientes à radiação. Além disso, a nova técnica tem o potencial para ser miniaturizada, podendo levar a equipamentos de ressonância portáteis.
A ressonância magnética (MRI) permite a visualização de tecidos no interior do corpo humano por meio da irradiação por radiofreqüência. Entretanto, os pulsos de radiofreqüência geram calor, que atinge tanto o paciente quanto os profissionais de saúde.
Embora seja baseada no princípio da ressonância nuclear magnética (NMR), a nova técnica utiliza baixa energia e não exige uma irradiação externa de rádiofreqüência. A técnica gera imagens detectando alterações subatômicas espontâneas - variações em uma propriedade quântica chamada "spin" - por meio de uma antena em formato de bobina.
Alexej Jerschow e Norbert Müller utilizaram um espectrômetro com uma sonda resfriada criogenicamente. Por enquanto o protótipo gera apenas imagens bidimensionais, mas os cientistas afirmam ser possível a construção de algoritmos especiais para a recomposição das imagens em 3D.
Graças à sua baixa deposição de energia, com vantagens óbvias para amostras muito pequenas, a nova técnica também poderá ser utilizada na microscopia, gerando imagens por ressonância magnética de amostras em microescala.
Os testes com amostras em escalas de milímetros e micrômetros mostrou uma precisão bastante superior aos métodos convencionais, o que torna a técnica promissora também para a análise do interior dos microcanais de microlaboratórios ("lab-on-chip"), os chips microfluídicos que estão revolucionando a forma como se fazem exames laboratoriais.