Redação do Site Inovação Tecnológica - 12/09/2005
Mochila-gerador
Os fabricantes de tênis já exploraram bem a colocação de molas em seus produtos, prometendo "maior impulso" para o andar.
Agora o mesmo poderá acontecer com os fabricantes de mochilas. Com a diferença de que as molas ajudarão a gerar eletricidade, suficiente para abastecer a maioria dos equipamentos portáteis.
Biólogos da Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos, acostumados com suas longas caminhadas de exploração e observação, sempre distantes de tomadas elétricas, resolveram utilizar o balanço do seu caminhar para gerar energia para abastecer suas câmeras digitais, telefones celulares e gravadores.
O resultado é uma estrutura composta de várias molas, que balançam com o andar. O equipamento transforma a energia mecânica desse "molejo" em 7,4 watts de energia, suficiente para abastecer a maioria dos aparelhos portáteis. Um telefone celular exige menos de 1 watt durante uma ligação.
"Por mais eficientes que as baterias tenham se tornado, elas continuam sendo pesadas. Pesquisadores de campo, por exemplo, têm que carregar várias cargas de baterias de reserva para abastecer seus equipamentos, o que representa um acréscimo significativo de peso e espaço em suas mochilas," explica Larry Rome, um dos criadores da nova "mochila-gerador".
Melhor que bateria de reserva
O que o professor Rome descobriu é que molas nos tênis são intrinsecamente ineficientes, por uma simples questão de anatomia humana. A questão é que o ponto no qual os sapatos tocam o solo tem um trabalho mecânico muito pequeno.
Mas, como as pernas se dobram e esticam constantemente durante o movimento de andar, a cintura se levanta entre 5 e 7 centímetros a cada passo. É esse movimento vertical constante que aciona o gerador de eletricidade.
A eficiência da mochila-gerador é excepcional: o peso adicional do equipamento, gerando 7,4 watts constantemente, representa 100 vezes mais energia do que o seu peso em baterias de reserva.