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Energia

Físicos medem reconexão magnética em 3D

Redação do Site Inovação Tecnológica - 27/01/2003

Físicos medem reconexão magnética em 3D

[Imagem: SSX]

Reconexão magnética

Em um trabalho que promete lançar novos "insights" na percepção humana do cosmo e em assuntos como a produção de energia a partir da fusão nuclear, físicos do Swarthmore College (Pensilvânia, Estados Unidos) anunciaram a realização da primeira medição já feita em laboratório da reconexão magnética.

Reconexão magnética é o fenômeno através do qual a energia magnética em um plasma é rapidamente convertida em calor e jatos de partículas energizadas.

Os cientistas acreditam que esse seja o processo que faz com que a atmosfera externa do Sol atinja temperaturas até 1.000 vezes mais altas do que em sua superfície, além de ser o responsável pela aceleração de partículas para altas energias, possivelmente mesmo para os níveis extremamente altos de energia dos raios cósmicos.

A reconexão magnética é o principal processo pelo qual campos magnéticos liberam energia no Universo, mas é também um importante processo nos reatores de fusão nuclear experimentais que utilizam campos magnéticos para confinar o plasma.

Esferomaks

A imagem física da reconexão magnética parece-se com duas tranças de plasma magnetizado com campos magnéticos opostamente dirigidos, juntando-se. Até recentemente, este processo era estudado apenas em duas dimensões, tanto de forma teórica, quanto computacional e experimental.

Agora, as medições em 3D foram conseguidas quando os físicos juntaram anéis de plasma magnetizado chamados esferomaks. Sensores mediram até 600 componentes do campo magnético mais de um milhão de vezes por segundo. Isto permitiu uma análise detalhada das estruturas magnéticas em constante mutação, resultantes da junção dos esferomaks.

A experiência foi feita num instrumento batizado de SSX ("Swarthmore Spheromak Experiment"). Com o SSX, os pesquisadores esperam elucidar os processos físicos fundamentais do plasma na superfície do Sol e entender novas estruturas do plasma em máquinas de confinamento de plasma, como os reatores de fusão.

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