Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/05/2007
Os avanços tecnológicos dos LEDs não param nunca. Essas lâmpadas de estado sólido já estão espalhadas por toda a indústria e já estão chegando à iluminação de casas e escritórios.
Agora, em um avanço que deverá impactar significativamente a indústria de TVs de plasma e monitores de tela plana, os cientistas Yang Yang e Jinsong Huang, da Universidade da Califórnia, Estados Unidos, elevaram a luminosidade dos LEDs vermelhos em 50%.
Tipos de LED
Não existe um único tipo de LED. Eles podem ser fabricados de diversos materiais e em diversas combinações, cada um se adaptando a aplicações diferentes. Ainda não é possível saber se um tipo específico de LED dominará o mercado. Até lá, os diversos grupos de pesquisas continuarão apostando nas diversas opções.
Os LEDs comuns são feitos de materiais semicondutores tradicionais, como o arseneto de gálio e índio. A seguir vieram os LEDs orgânicos, construídos com novos materiais que possuem carbono em sua estrutura, mas também semicondutores. Eles são feitos com a deposição de múltiplas camadas do material por meio de uma técnica chamada de evaporação termal.
O LED que Yang e Huang conseguiram agora melhorar, por sua vez, é conhecido como PLED, porque ele é feito de polímero. E sua estrutura é muito mais simples do que as múltiplas camadas dos demais LEDs orgânicos. No PLED, uma mistura de polímero em pó e líquido é adicionado a outro material, cuja composição é mantida em segredo. O líquido resultante é então utilizado para recobrir um substrato de vidro. A seguir, basta fixar os eletrodos e o PLED está pronto para brilhar.
Lumens por watt
O brilho dos LEDs é geralmente medido em lumens por watt. Lumen é uma medida da intensidade percebida da luz. Watt é uma medida padrão para potência. Combinando os dois, tem-se uma definição da eficiência óptica da potência - em outras palavras, quanto brilha o dispositivo e quanto ele é eficiente em termos de consumo de energia.
Os LEDs vermelhos atualmente no mercado têm cerca de 12 lumens por watt. O novo PLED alcança 18 lumens por watt. Sua principal aplicação deverá ser na fabricação de televisores e monitores de tela plana, que apresentarão uma imagem mais brilhante e mais clara.
"Visualmente, significa que você terá uma tela de qualidade mais alta, e o equipamento será mais leve e mais fino. Com nossos melhoramentos, você também irá gastar menos energia, tendo um produto melhor em todos os aspectos," diz Yang
Entre os PLEDs, os recordes atuais são: 20 lumens/watt para luz branca, 30 lumens/watt para luz verde e, agora, 18 lumens/watt para luz vermelha.
A tecnologia foi licenciada para a empresa Canon, que anunciou que os novos LEDs deverão chegar ao mercado em três anos.