Redação do Site Inovação Tecnológica - 06/10/2006
Pacientes que sofrem de arritmia e vários outros tipos de doenças no coração, devem submeter-se continuamente a exames para monitorar seu estado de saúde. Mesmo os exames não eliminam o risco de falhas súbitas do seus órgãos, que podem colocar em risco sua vida.
Seria muito mais seguro e confortável se o paciente pudesse dispor de um sistema de monitoramento contínuo, que enviasse os dados continuamente para os médicos. Melhor ainda seria se o equipamento tivesse menos da metade de uma moeda de um centavo, podendo ser implantado no organismo.
O equipamento ainda não está pronto para uso, mas também não é mais matéria de ficção científica. Cientistas da Universidade de Rochester, Estados Unidos, estão desenvolvendo esses biossensores implantáveis, integrando células vivas com a eletrônica, para formar um chip biológico, ou biochip. Quando totalmente desenvolvido, o novo biochip poderá detectar alterações químicas e psicológicas mais rapidamente e com uma precisão muito maior do que os exames atuais.
O conceito do biochip
Os cientistas já conseguem reproduzir células específicas para um determinado paciente, que podem ser configuradas para viver e funcionar como parte de um minúsculo chip eletrônico. Esse biossensor é colocado no interior ou ao redor de vasos sangüíneos e nervos para detectar qualquer alteração para a qual ele tenha sido programado.
Quando detecta uma alteração, o programa do biochip aciona um alerta, que pode ser enviado por meio de rede sem fios para um aparelho de monitoramento externo. O aparelho poderá então calcular a dose de medicamentos necessária ou mesmo enviar um alerta para o médico ou para a família do paciente.
As funções possíveis de um chip assim vão além do monitoramento. O mesmo "gatilho" que faz o programa enviar uma mensagem para um equipamento externo poderá acionar um defibrilador, um marca-passos ou uma bomba de insulina.
Os primeiros usuários desta nova tecnologia deverão ser os laboratórios farmacêuticos, que poderão testar novos medicamentos de forma mais rápida e segura. Numa geração futura, o novo biochip finalmente poderá se transformar em um implante disponível a todos os pacientes que necessitem de um monitoramento contínuo.