Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/08/2006
Componentes para circuitos totalmente ópticos estão entre os avanços tecnológicos mais anunciados e esperados nos anos recentes. Trata-se dos equivalentes aos transistores e outros componentes que, ao contrários dos componentes eletrônicos atuais, que funcionam com base em fluxos de corrente elétrica, funcionarão inteiramente com luz.
Mas, embora tenham o potencial para revolucionar os computadores e as telecomunicações, todos os componentes ópticos construídos até agora são grandes e consomem muita energia para se tornarem práticos.
Agora, físicos da Universidade Queens, em Belfaste, Irlanda do Norte, afirmam ter resolvido esses problemas, apresentando um transístor inteiramente óptico que, além de minúsculo, exige pouquíssima energia para funcionar.
A chave para a construção do novo componente óptico é uma película de ouro totalmente perfurada por uma malha de buracos de apenas 0,2 milionésimos de metro de diâmetro cada um. A película perfurada é recoberta por uma camada de polímero.
Os pesquisadores direcionaram dois feixes de luz sobre sua placa: um feixe de sinal e um feixe de controle. Quando os feixes atingem a estrutura perfurada eles produzem plasmons, uma nuvem de elétrons que fica "surfando" na superfície do metal.
Variando a intensidade e a cor do feixe de controle, os pesquisadores conseguem fazer com que os plasmons interajam de forma a aumentar ou diminuir a transmissão do feixe de sinal através da estrutura perfurada.
Ou seja, o filme age como um transístor totalmente óptico, com o potencial para servir como o bloco básico para a construção de circuitos ópticos e versões ópticas de dispositivos microeletrônicos.