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Eletrônica

Criados LEDs capazes de emitir luz ultravioleta

Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/05/2006

Criados LEDs capazes de emitir luz ultravioleta

Os LEDs já estão começando a revolucionar a indústria mundial de iluminação. Os avanços mais recentes têm gerado LEDs capazes de emitir luz branca de alta intensidade. Espera-se que, em poucos anos, eles comecem a substituir as atuais lâmpadas incandescentes.

Mas agora essas pequenas lâmpadas de estado sólido começam a avançar em outras fronteiras. Cientistas da empresa japonesa NTT conseguiram fabricar LEDs capazes de emitir luz com o menor comprimento de onda já observado em qualquer semicondutor - entre 200 e 300 nanômetros, ou seja, na região do ultravioleta profundo.

A luz ultravioleta é largamente utilizada para a esterilização de objetos médicos e até da água potável. E ela é capaz também de destruir dioxinas e as moléculas estáveis dos perigosos PCBs (bifenilas policloradas), compostos altamente danosos ao meio-ambiente.

Já existem LEDs disponíveis comercialmente, capazes de emitir luz na faixa do azul e do ultravioleta, mas até um comprimento de onda de 365 nanômetros, ou seja, ainda na faixa do quase-infravermelho. Estes LEDs são feitos de nitreto de gálio (GaN).

Já os novos LEDs ultravioleta são fabricados com nitreto de alumínio (AlN). O grande feito dos cientistas japoneses foi descobrir uma forma de dopar o AlN, que até agora tinha se mostrado altamente resistente a um aumento dos dopantes - elementos adicionados ao composto, para elevar o número de elétrons e lacunas, o que é essencial para o funcionamento de um semicondutor.

Os diodos - o LED é um diodo emissor de luz - são feitos pela junção de semicondutores de dois tipos: tipo p e tipo n. O AlN do tipo p foi conseguido dopando-o com magnésio e o AlN do tipo n foi obtido com a dopagem por silício.

Ainda é cedo para se pensar na substituição das lâmpadas de mercúrio - atualmente utilizadas para emissão da luz ultravioleta - pelos LEDs ultravioleta. Eles ainda exigem uma tensão elevada e produzem uma luzmuitíssima fraca para uma operação prática. Mas os cientistas acreditam ter ultrapassado a maior barreira, que foi a criação do novo componente. Otimizá-los, segundo eles, será uma questão de tempo.

Bibliografia:

Artigo: A bug-beating diode
Autores: Asif Khan
Revista: Nature
Data: May 18
Vol.: Volume 441 Number 7091 p299
DOI: 10.1038/441299a
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