Redação do Site Inovação Tecnológica - 03/03/2006
Uma equipe de pesquisadores do Instituto Politécnico Rensselaer, Estados Unidos, desenvolveu uma técnica para construir um novo material flexível e condutor de eletricidade, que eles batizaram de "nanopele".
Combinando a resistência e a condutibilidade dos nanotubos de carbono com a flexibilidade dos plásticos tradicionais, os cientistas criaram um material que poderá gerar desde uma nova classe de sensores até papéis eletrônicos de segunda geração.
"Os pesquisadores há muito tempo estão interessados em fazer compósitos de nanotubos e polímeros, mas é difícil trabalhar a interface entre esses dois materiais," explica Pulickel Ajayan, coordenador da pesquisa. "Nós descobrimos uma forma de fazer estruturas de nanotubos sobre uma matriz de polímero leve sem afetar o formato, o tamanho ou o alinhamento dos nanotubos."
Estruturas montadas com nanotubos de carbono são geralmente sensíveis, já que as forças que as mantém unidas são muito fracas. O que os cientistas fizeram foi descobrir como acrescentar o polímero depois que a estrutura de nanotubos está montada, sem danificá-la. Quando o polímero endurece, ele pode ser retirado do substrato onde os nanotubos foram crescidos, levando-os consigo, perfeitamente estruturados.
As "nanopeles" mantêm sua capacidade de conduzir eletricidade mesmo quando dobradas ou enroladas, o que as torna o tipo de material ideal para aplicações como o papel eletrônico.
O novo material flexível apresenta uma propriedade física chamada emissão de campo. Quando uma voltagem é aplicada à sua superfície, os elétrons são atirados para fora da superfície, o que é útil para a fabricação de telas eletrônicas de alta resolução.