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Eletrônica

Sensores subcutâneos flexíveis permitirão monitoramento contínuo de pacientes

Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/10/2005

Sensores subcutâneos flexíveis permitirão monitoramento contínuo de pacientes

Cientistas finlandeses estão desenvolvendo uma nova categoria de sensores subcutâneos, utilizados para monitorar a saúde humana. Totalmente biocompatíveis, os novos sensores são minúsculos, têm longa durabilidade e transmitem seus dados por meio de uma conexão sem fios, o que lhes permite monitorar continuamente a saúde do paciente.

"Por exemplo, um monitor de eletrocardiograma subcutâneo permitirá que se detecte arritmias cardíacas, e os dados sejam transmitidos para o telefone celular ou o laptop do médico, por exemplo," explica o Dr. Jukka Lekkala, da Universidade de Tecnologia de Tampere, coordenador do projeto.

Atualmente, o estado de saúde de pacientes ou pessoas submetidas a exames clínicos é monitorado por sensores colados sobre a pele. Entretanto, esses sensores têm seu desempenho diminuído pela baixa qualidade de seu contato com a pele, isso apesar da eventualmente incômoda necessidade de raspagem dos pêlos.

Já nos sensores subcutâneos, o contato é muito mais estável, além de se eliminar grande parte da interferência eletromagnética, que sempre degrada o sinal.

Esta nova tecnologia também possibilita a realização de monitoramentos de longo prazo, o que é virtualmente impossível com os equipamentos atuais. Por exemplo, as condições de uma prótese de articulação hoje só podem ser monitoradas utilizando-se imagens de raios-X.

"O trabalho é extremamente desafiador, porque a parte eletrônica deve funcionar com confiabilidade por longos períodos sob a pele, em condições de umidade e até em ambientes corrosivos, e não pode representar qualquer risco à saúde, mesmo se a cobertura protetora do sensor for danificada por alguma razão," diz Lekkala.

Avanços nas tecnologias de biomateriais estão permitindo que os revestimento biocompatíveis dos novos sensores sejam customizados para cada aplicação. É até mesmo possível incorporar elementos funcionais, recobrindo-se esse revestimento com uma película que libera antibióticos, por exemplo.

Tudo isso exige que o circuito eletrônico do sensor seja flexível, para que ele acompanhe os movimentos do corpo do paciente. Para isso, os chips devem ter uma espessura menor do que 0,1 milímetro. Quando a placa eletrônica é recoberta com uma película também finíssima e biocompatível, todo o sensor flexionará de acordo com os movimentos do paciente, sem perder suas funções.

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