Redação do Site Inovação Tecnológica - 04/10/2005
Cientistas apresentaram um minúsculo sensor de glicose sem fios, criado para ser inserido sob a pele. O nível de glicose do sangue pode ser lido por um equipamento portátil, sem a necessidade das chatas picadas no dedo. Pessoas portadoras de diabetes devem monitorar continuamente seu nível de glicose, a fim de ajustar a quantidade de insulina a ser tomada diariamente.
O protótipo, criado pelo Dr. Craig A. Grimes, da Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos, tem a espessura de um fio de cabelo e é composto por uma barra central, cruzada por uma série de 10 barras de tamanhos decrescentes. O formato lembra uma harpa em miniatura.
As barras são feitas de um vidro metálico magnetoresistivo - um material que altera seu formato com a aplicação de um campo magnético e que gera um campo magnético quando muda de formato - recoberto com um polímero que reage a alterações na acidez do meio em que se encontra. O revestimento recebe ainda uma camada de oxidase de glicose, a enzima que reage com a glicose.
A cobertura sensível à acidez faz com que o dispositivo inche ou se encolha, alterando sua massa de acordo com a acidez à sua volta. O ácido que causa a alteração de formato do dispositivo surge da reação da glicose com a oxidase de glicose, gerando o ácido glucônico.
Quando um campo magnético externo é colocado próximo ao sensor, ele vibra numa freqüência que depende de sua massa. Uma bobina magnética pode ler o fluxo magnético do sensor e determinar a quantidade de glicose no sangue.
O detector, atualmente do tamanho de um telefone celular, ainda poderá ser miniaturizado, podendo chegar ao mercado do tamanho de um relógio de pulso. Ainda não há previsão para sua comercialização.