Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/06/2003
Exclusão digital
Telefones celulares e notebooks ainda são equipamentos em desenvolvimento do ponto de vista de pessoas com deficiências físicas.
Isto tem alargado o hiato que separa estas pessoas de uma vida normal, produzindo uma espécie diferente de exclusão digital, na medida em que elas poderiam ter acesso à tecnologia digital e de comunicações sem fio, desde que os equipamentos atendessem às suas necessidades especiais.
Preocupada com esse público, a empresa japonesa Toshiba encomendou um estudo à Universidade da Virgínia (Estados Unidos), cujo objetivo principal é a melhor adequação de telefones celulares e notebooks, permitindo atender às necessidades dos portadores de necessidades especiais.
"Usuários com deficiências têm sido sistematicamente marginalizados naera da informação porque fabricantes e projetistas ou têm ignorado inteiramente suas necessidades ou têm produzido funções de maneira aleatória que não têm por objetivo a melhoria da acessibilidade, resultando em produtos de uso impraticável.", afirma a professora Tonya Smith-Jackson, coordenadora do trabalho.
Celulares para deficientes
Ao tentar operar um telefone celular, usuários com deficiências físicas normalmente encontram problemas, tais como botões muito pequenos ou planos, difíceis de serem acionados, teclados sem Braille ou "feedback" tátil para auxiliar na orientação do usuário ou ausência de acionamento por voz.
Os poucos aparelhos que possuem algum recurso, ainda não funcionam de maneira consistente, como os aparelhos com ativação por voz, que não funcionam bem em ambientes com ruídos.
O primeiro objetivo da pesquisa é a identificação das necessidades dos usuários e a proposição de novos designs para teclados de telefones e computadores.
O segundo objetivo é a condução de testes de usabilidade com interfaces projetadas pelos engenheiros da Toshiba.