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Radiotelescópio detecta magnetar com comportamento sem precedentes

Redação do Site Inovação Tecnológica - 08/04/2024

Magnetar adormecido começa a emitir radiofrequência em polarização circular
Impressão artística de uma magnetar com seus poderosos campo magnético e jatos de radiação.
[Imagem: CSIRO]

Radiofrequência em polarização circular

O radiotelescópio Parkes, na Austrália, detectou pulsos de rádio incomuns vindos de uma estrela com um poderoso campo magnético, mas que até agora era considerada "adormecida".

Os sinais de rádio vieram da XTE J1810-197, considerada uma magnetar, um tipo de estrela de nêutrons que tem um dos campos magnéticos mais fortes do Universo. A cerca de 8.000 anos-luz de distância, esta magnetar é também a mais próxima da Terra que se conhece.

Detectar ondas de rádio de uma magnetar por si só é extremamente raro, sendo que apenas algumas delas emitem sinais nessa frequência.

"Ao contrário dos sinais de rádio que vimos de outros magnetares, este está emitindo enormes quantidades de polarização circular que muda rapidamente. Nunca tínhamos visto nada parecido antes," disse o professor Marcus Lower, da Universidade de Sydney.

As demais magnetares conhecidas emitem luz polarizada - mesmo sendo de radiofrequência, os astrônomos chamam tudo de "luz" -, embora a luz que este magnetar emite seja polarizada circularmente, onde a luz parece espiralar à medida que se move pelo espaço.

É o primeiro caso deste tipo, mas a equipe já tem uma hipótese para explicar porque esta estrela está-se comportando de modo tão diferente.

"Nossos resultados sugerem que há um plasma superaquecido acima do pólo magnético do magnetar, que atua como um filtro polarizador," sugere Lower. "Como exatamente o plasma está fazendo isso é algo que ainda está por ser determinado."

Bibliografia:

Artigo: Linear to circular conversion in the polarized radio emission of a magnetar
Autores: Marcus E. Lower, Simon Johnston, Maxim Lyutikov, Donald B. Melrose, Ryan M. Shannon, Patrick Weltevrede, Manisha Caleb, Fernando Camilo, Andrew D. Cameron, Shi Dai, George Hobbs, Di Li, Kaustubh M. Rajwade, John E. Reynolds, John M. Sarkissian, Benjamin W. Stappers
Revista: Nature Astronomy
DOI: 10.1038/s41550-024-02225-8
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