Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/01/2022
Planetas condenados
Três exoplanetas recém-descobertos orbitam tão perigosamente perto de suas estrelas que seus destinos já estão selados: Eles serão engolidos pelas estrelas.
Dos milhares de planetas extrassolares encontrados até agora, esses três planetas gigantes gasosos têm algumas das órbitas de período mais curto que se conhece em torno de estrelas muito grandes.
Um dos planetas, o TOI-2337b, será consumido por sua estrela hospedeira em menos de 1 milhão de anos, mais cedo do que qualquer outro planeta conhecido atualmente.
"Estas descobertas são cruciais para entender uma nova fronteira nos estudos dos exoplanetas: Como os sistemas planetários evoluem ao longo do tempo," disse Samuel Grunblatt, da Universidade do Havaí. "Essas observações oferecem novas janelas para planetas que estão chegando ao fim de suas vidas, antes que suas estrelas hospedeiras os engulam."
Os planetas - TOI-2337b, TOI-4329b e TOI-2669b - foram detectados pela primeira vez pela missão TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite) da NASA, lançada em 2018. Grunblatt e seus colegas identificaram os candidatos a planetas nos dados do TESS, e então usaram o instrumento HIRES (High-Resolution Echelle Spectrometer) do Observatório W. M. Keck, em Maunakea, no Havaí, para confirmar a existência dos três planetas.
Planeta leve como isopor
Os astrônomos estimam que os planetas tenham massas entre 0,5 e 1,7 vez a massa de Júpiter e tamanhos que variam de um pouco menor a mais de 1,6 vez o tamanho de Júpiter.
Eles também abrangem uma ampla gama de densidades, desde um tão leve quanto isopor, até um três vezes mais denso que a água. Isso implica cada um se originou de forma diferente.
Os astrônomos acreditam que esses três planetas sejam apenas a ponta de um iceberg.
"Esperamos encontrar dezenas a centenas desses sistemas de planetas em trânsito evoluídos com o TESS, fornecendo novos detalhes sobre como os planetas interagem uns com os outros, inflam e migram em torno das estrelas, incluindo aquelas como o nosso Sol," disse Nick Saunders, coautor do trabalho.