Redação do Site Inovação Tecnológica - 13/01/2017
Eletrônica de esticar
Circuitos eletrônicos que esticam, podendo ser implantados sobre a pele, já estão em testes há algum tempo, principalmente na forma de tatuagens eletrônicas e peles artificiais.
A novidade agora é que, em vez de usar truques como a fabricação dos semicondutores sobre substratos poliméricos e usar fios que podem se desenrolar, os próprios transistores se tornaram flexíveis.
"Os transistores são o componente básico de praticamente qualquer aparelho eletrônico que nós usamos hoje. No futuro próximo, nós seremos capazes de fabricar eletrônicos de vestir que serão esticáveis e se conformarão ao corpo humano," disse a professor Zhenan Bao, da Universidade de Stanford, nos EUA.
Ela e sua equipe construíram os primeiros transistores inteiramente flexíveis, que podem esticados até duas vezes seu comprimento normal, sem perder a condutividade.
Eletrônica flexível
Em vez de construir o componente semicondutor sobre uma base polimérica, a equipe fabricou os transistores flexíveis incorporando os materiais semicondutores no próprio polímero, criando uma matriz incrivelmente fina e flexível - essencialmente, um semicondutor plástico, ou orgânico.
O componente estica até 200%, o que é mais do que o necessário, já que a pele humana pode esticar em até 70%.
Os primeiros protótipos passaram por um teste inicial de 100 ciclos - esticamentos seguidos de retorno à dimensão normal - sem perda de integridade mecânica, mas com uma ligeira redução na condutividade. A equipe espera aumentar essa durabilidade para conseguir fabricar produtos que possam ter longa vida útil depois de colados sobre a pele.
A médio prazo o objetivo é fabricar uma luva com sensores que possam coletar dados continuamente - para uso, por exemplo, por profissionais de saúde.