Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/01/2017
Robô cardíaco
Os robôs moles parecem ter vindo mesmo para ficar - e eles continuam com a intenção de te agarrar por dentro.
A última inovação é um dispositivo que promete manter o coração batendo no ritmo adequado sem os tradicionais choques dos marcapassos e desfibriladores.
O robô macio envolve o coração e opera imitando o movimento do órgão, torcendo-se ligeiramente e comprimindo em sincronia com o coração, abrindo novas opções de tratamento para pessoas que sofrem de insuficiência cardíaca grave.
Ellen Roche, da Universidade Nacional da Irlanda, afirma que um dos objetivos desse robô mole é eliminar os riscos associados com os Dispositivos de Assistência Ventricular (DAV), hoje usados para manter a vida de pacientes com insuficiência cardíaca grave que aguardam o transplante.
Segundo ela, esses aparelhos estendem a vida do paciente, mas com alto risco devido ao grande número de complicações, como o risco de coagulação, que exige que os pacientes tomem medicamentos potencialmente perigosos para diluir o sangue.
Robótica mole
Ao contrário dos DAVs, robô - sua função de abraçadeira o torna uma manga ou uma luva robótica - não entra diretamente em contato com o sangue, evitando os riscos de coagulação.
Uma fina camada de silicone usa atuadores pneumáticos colocados ao redor do coração para imitar as camadas musculares externas do órgão. Os atuadores torcem e comprimem a manga, criando um movimento semelhante ao do coração batendo. O dispositivo é ligado a uma bomba externa, que envia ar para alimentar os atuadores.
Uma das vantagens é que a luva pode ser personalizada para cada paciente. Por exemplo, se um paciente tem fraqueza maior no lado esquerdo do coração, os atuadores podem ser ajustados para dar mais assistência nesse lado. A pressão dos atuadores também pode aumentar ou diminuir ao longo do tempo, à medida que a condição do paciente evolui.
"Esta pesquisa demonstra que o crescente campo da robótica mole pode ser aplicado às necessidades clínicas e potencialmente reduzir a carga de doenças cardíacas e melhorar a qualidade de vida para os pacientes," disse Roche.