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Mecânica

Pele artificial de tubarão reduz consumo de combustível de navios

Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/06/2009

Pele de tubarão artificial diminui consumo de combustível de navios
Versão em macroescala para ilustração das saliências contidas no novo material à prova de cracas.
[Imagem: Anthony Brennan]

Você sabia que um molusco pode aumentar o atrito de um navio com a água em até 60%? Esse molusco, popularmente conhecido como craca, gruda firmemente no casco da embarcações, aumentando o arrasto e o peso dos navios e elevando o consumo de combustível e o tempo gasto nas viagens.

Impacto das cracas sobre os navios

O biofilme - uma camada viva - que se forma no casco dos navios pela adesão das cracas aumenta o arrasto da embarcação em 20%, o que força um aumento de 40% no consumo de combustível para contrabalançar o maior atrito. Nem isso, contudo, é capaz de manter a velocidade da embarcação, que cai cerca de 10%.

O problema, que nunca foi pequeno, passou a chamar mais a atenção das empresas proprietárias de frotas mercantes depois que os governos demonstraram uma preocupação crescente e começaram a tomar medidas concretas contra a poluição ambiental causada pelos navios.

Biocidas danosos ao meio ambiente

Retirar as cracas dos grandes navios é impraticável. Assim, a única saída é evitar a fixação das cracas. É o que estão tentando fazer pesquisadores da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos. Estudando o processo de fixação das cracas, eles estão descobrindo meios de evitar que o processo se inicie.

Aprender com a natureza pode ser eficiente para os navios e benéfico para o meio ambiente: as técnicas atuais, usadas principalmente pelos navios militares, usam tintas tóxicas para os animais. Esses biocidas agem por curtos períodos de tempo, devendo ser continuamente reaplicados, com grande impacto ambiental.

Pele de tubarão artificial

O professor Anthony Brennan começou perguntando-se porque animais como tubarões e baleias não são "atacados" pelo problema. Ele descobriu que o padrão da pele dos tubarões oferece uma resposta adequada e começou a fabricar imitações desses padrões em laboratório.

O resultado é uma tecnologia biomimética, que o pesquisador batizou de Sharklet, que está demonstrando resultados extremamente positivos na inibição do crescimento do biofilme de cracas.

Um resultado inesperado do novo material é que ele evita o crescimento de bactérias, podendo ser utilizado em hospitais e em outros locais públicos onde inúmeras pessoas tocam continuamente, evitando a proliferação de microorganismos danosos à saúde.

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