Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/02/2022
Conceitos Inovadores Avançados
A NASA anunciou mais uma rodada do seu tradicional programa Conceitos Inovadores Avançados.
O programa NIAC (Nasa Innovative Advanced Concepts) financia estudos preliminares para avaliar tecnologias que possam ser usadas em futuras missões aeronáuticas e espaciais.
Na rodada de 2022 estão sendo destinados US$5,1 milhões para 17 equipes detalharem melhor suas propostas, algumas bem mais parecidas com ficção científica do que com projetos de engenharia.
Os conceitos selecionados incluem 12 novos projetos para estudo da Fase I, bem como cinco financiamentos da Fase II, que permitirão aos pesquisadores continuar seus trabalhos em conceitos inovadores que já haviam sido selecionados em rodadas anteriores.
Os novos projetos da Fase I incluem um novo design para uma espaçonave tripulada que ofereça mais proteção contra radiação em viagens longas do que os módulos de tripulação convencionais, um conceito para um avião elétrico completamente silencioso e uma ideia para uma espaçonave que poderia aproveitar o calor do Sol como propulsão para fora do Sistema Solar a velocidades sem precedentes.
De perto e de longe
John Mather, cientista da própria NASA (Centro de Voos Espaciais Goddard) propôs um conceito que pode ajudar a humanidade a estudar exoplanetas distantes semelhantes à Terra: Um sombreiro estelar do tamanho de um campo de futebol no espaço, que seria alinhado com telescópios terrestres, bloqueando a luz de estrelas distantes e permitindo que os astrônomos procurem sinais de vida nas atmosferas de planetas em outros sistemas estelares.
O conceito proposto por Sara Seager, do MIT, poderia ajudar a estudar um planeta muito mais próximo de casa: Vênus. Uma sonda desceria de pára-quedas na atmosfera do planeta para capturar uma amostra de gás e nuvens. A amostra seria trazida para a Terra, onde os cientistas poderiam procurar sinais de vida na atmosfera de Vênus - um dos poucos lugares no planeta quente e de alta pressão onde a vida poderia prosperar.
Bonnie Dunbar, da Universidade do Texas, quer manter as atenções em Marte, colocando lá uma "Fábrica 4.0" que permitiria que um astronauta entrasse em um scanner corporal e, horas depois, caminhasse pelo planeta em um traje espacial feito sob medida, respirando oxigênio extraído da atmosfera rica em dióxido de carbono de Marte.
Gravidade Artificial
Os selecionados da Fase II incluem um projeto para pequenos robôs escaladores que poderiam explorar cavernas subterrâneas em Marte, uma nova maneira de usar energia nuclear para naves espaciais e um conceito para um enxame de microrrobôs nadadores, impressos em 3D, que poderiam explorar mundos oceânicos como Encélado, Europa e Titã.
O professor Zac Manchester, da Universidade Carnegie Mellon, garantiu seu financiamento para continuar trabalhando em um conceito de gravidade artificial no espaço usando uma estrutura rotativa de um quilômetro de diâmetro. Após o lançamento em um único foguete, a estrutura se desdobraria em 150 vezes seu tamanho original, tornando-se um enorme habitat giratório que forneceria gravidade artificial igual à gravidade da Terra em algumas partes da estrutura.
Fase I
Veja a lista completa dos projetos da Fase I, seguidos do pesquisador responsável e sua instituição:
Fase II
Abaixo os projetos que seguem para a Fase II, seguidos do pesquisador responsável e sua instituição: