Com informações da Coppe - 30/10/2012
Nanopartículas de polímeros
A Coppe/UFRJ inaugurou a primeira planta-piloto do país capaz de escalonar tecnologias para a produção de micros e nanopartículas poliméricas com aplicações nas áreas médica, biotecnológica e farmacêutica.
A fábrica-piloto é um projeto que conta com financiamento do BNDES e da Finep, no valor total de 11 milhões de reais, e engloba uma área construída de 740 m2, que inclui a planta industrial, um conjunto de seis laboratórios e os equipamentos mais modernos da área.
Medicamento para esquistossomose
O primeiro produto da nanofábrica será um polímero em escala que armazenará o praziquantel, um medicamento usado no tratamento da esquistossomose, doença que atinge 200 milhões de pessoas em todo o mundo e 8 milhões no Brasil - este projeto está sendo desenvolvido por meio de uma parceria com a Fiocruz.
Segundo o professor José Carlos Pinto, o praziquantel nanoencapsulado apresenta vantagens em relação aos remédios tradicionais.
Entre elas estão a possibilidade de melhor aproveitamento do fármaco, reduzindo a perda no sistema gastrointestinal, e a facilidade de ingestão, principalmente por parte das crianças, que costumam rejeitar o gosto amargo do remédio, prejudicando a eficácia no tratamento.
Protetores solares com nanotecnologia
A fábrica de nanopolímeros poderá também viabilizar a produção de protetores solares avançados, que até hoje não são comercializados por não poderem ser aplicados diretamente na pele.
Neste caso, as nanopartículas de polímero funcionarão como uma espécie de filme, que aprisiona o filtro solar encapsulado, possibilitando a proteção aos raios solares sem prejudicar o organismo.
Pesquisadores da Coppe também passarão a produzir em escala industrial micropartículas de polímeros desenvolvidos no próprio laboratório para serem utilizados no tratamento do câncer, por meio da técnica de embolização.
A tecnologia, que já teve sua patente depositada, vem sendo testada com sucesso.