Redação do Site Inovação Tecnológica - 05/03/2021
Drone que bate asas
Engenheiros do MIT desenvolveram uma nova técnica para criar pequenos robôs voadores com uma destreza mais próxima à dos insetos em que eles se inspiram.
O objetivo é dar aos robôs aéreos e pequenos drones uma capacidade para operar em espaços apertados e uma maior resistência a colisões.
"Se olharmos para a maioria dos drones hoje, eles geralmente são muito grandes. A maioria de suas aplicações envolve voar ao ar livre. A questão é: Você pode criar robôs em escala de inseto que podem se mover em espaços muito complexos e desordenados?" contextualiza o professor YuFeng Chen.
A resposta positiva foi encontrada usando uma nova classe de atuadores flexíveis, parecidos com músculos artificiais, em substituição aos atuadores feitos com cerâmicas piezoelétricas.
Os atuadores macios são feitos de cilindros de borracha finos revestidos com nanotubos de carbono. Quando a voltagem é aplicada aos nanotubos de carbono, eles produzem uma força eletrostática que comprime e alonga o cilindro de borracha.
O alongamento e a contração repetidos fazem com que as asas do drone batam, e batam rápido - quase 500 vezes por segundo.
O protótipo pesa apenas 0,6 grama, mas ainda é acionado por fios.
A equipe está pensando em usar esses robôs-insetos para estudos de biologia e biofísica, para tentar compreender melhor o voo dos insetos, e, no futuro, criar drones capazes de polinizar culturas.