Com informações da BBC - 23/12/2011
Recarregando com papel
A Sony apresentou um protótipo de bateria alimentada por papel velho.
A tecnologia gera eletricidade transformando papel picado em açúcar, que por sua vez é utilizado como combustível para gerar eletricidade.
Se chegar ao mercado, a inovação pode permitir que as pessoas recarreguem seus equipamentos portáteis utilizando lixo.
A equipe que desenvolveu o projeto afirmou que as bio-baterias são ecologicamente corretas por não utilizarem produtos químicos nocivos e nem metais.
A novidade foi apresentada durante uma feira de produtos ecológicos.
Os técnicos da empresa convidaram as crianças que visitavam a feira para colocar pedaços de papel e papelão em um líquido composto de água e enzimas, e depois agitá-lo.
O equipamento foi ligado a um pequeno ventilador, que começou a girar alguns minutos mais tarde.
Biocélula
O processo funciona usando a enzima celulase para decompor os materiais em açúcar (glicose).
O açúcar se combina com o oxigênio e outras enzimas, ainda que retiram do material elétrons e íons de hidrogênio.
Os elétrons foram usados pela biocélula para gerar eletricidade. Ela gera ainda, como subprodutos, água e ácido gluconolactona, que é comumente usado em cosméticos.
Pesquisadores envolvidos no projeto compararam o mecanismo com o utilizado por formigas e cupins para digerir a madeira e transformá-la em energia.
Suco de papel
O projeto é uma modificação de uma bio-bateria já apresentada pela empresa em 2007, quando um Walkman foi alimentado por suco de frutas.
Desta vez, a empresa se restringiu a um pequeno ventilador, já que a energia demora um pouco a ser gerada, e também não dura muito.
"Claro, isto ainda está em fase muito inicial de desenvolvimento, mas quando você imagina as possibilidades que essa tecnologia poderia oferecer, torna-se muito emocionante, de fato," disse Yuichi Tokita, pesquisador da empresa.
O princípio de funcionamento desta bio-bateria é diferente de uma outra bateria de papel, criada por pesquisadores da Universidade de Stanford.