Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/05/2007
O nome não é simples: Monocamadas Auto-montáveis sobre Suportes Mesoporosos.
É mais fácil lembrar da sigla em inglês: SAMMS. SAMMS são criados pela união de duas tecnologias situadas na fronteira da ciência dos materiais: a automontagem molecular e os suportes mesoporosos.
Mineração e Reciclagem
Essa união de duas tecnologias de ponta resulta em um material de alta versatilidade, que pode ser fabricado segundo as exigências de uma grande variedade de aplicações, que vão da coleta de metais pesados de rejeitos industriais, até a recuperação de metais preciosos de minérios com teores de metal baixos demais para viabilizar a mineração tradicional.
Os suportes mesoporosos são feitos de cerâmica - cada um dos poros mede entre 20 e 100 ângstrons - no interior dos quais as moléculas coletoras unem-se espontaneamente para formar uma cada de revestimento. A imagem mostra a simulação de um desses poros coletando mercúrio (Hg).
Os pesquisadores conseguem produzir inúmeras versões do SAMMS conectando diferentes grupos funcionais na extremidade livre das monocamadas.
Por exemplo, a utilização de um grupo tiol torna o material capaz de capturar mercúrio, prata, ouro, cobre, cádmio e chumbo - todos metais de alto interesse na mineração ou, no outro extremo, de grande preocupação quando se trata de rejeitos a serem lançados no meio-ambiente.
Área superficial
Como os poros dos SAMMS são muito pequenos, o material oferece uma gigantesca área superficial - cerca de 1.000 metros quadrados para cada grama de SAMMS.
Cinco gramas de SAMMS oferecem uma área para coleta do metal desejado igual ao tamanho de um campo de futebol.
A tecnologia foi desenvolvida no Laboratório PNNL, pertencente ao Departamento de Energia dos Estados Unidos e já está disponível comercialmente.