Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/09/2007
Carregar peso poderá se transformar em uma tarefa mais leve no futuro, graças ao desenvolvimento de vários tipos de exoesqueletos, estruturas mecânicas que facilitam o carregamento de peso sem depender da sua própria força muscular.
Exoesqueleto passivo
Agora, engenheiros do MIT, nos Estados Unidos, apresentaram um novo protótipo de exoesqueleto que inova em pelo menos dois aspectos essenciais: além de transferir até 80% do peso de uma mochila diretamente para o solo, liberando não apenas os músculos, mas também a estrutura óssea da pessoa, ele é virtualmente passivo, não exigindo um gerador de energia ou baterias.
Ao contrário de alguns outros exoesqueletos, que são equipamentos de ampliação da força da pessoa, utilizando mecanismos hidráulicos para ajudar a mover as pernas - e daí a sua necessidade de energia -, o novo equipamento atua dirigindo uma parte do peso diretamente para o solo.
Mochilas mais leves
Ele foi projetado exclusivamente para o carregamento de mochilas ou outros tipos de cargas apoiadas nas costas. Os testes, feitos com uma mochila de 32 quilogramas, demonstraram que quase 26 quilogramas deixaram de impactar o usuário, apoiando-se diretamente no solo.
A pessoa que "veste" o exoesqueleto coloca seus pés sobre botas ligadas a uma série de tubos e articulações que vão até a base da mochila. Com isso, o peso da mochila vai para as botas e não para as pernas e os pés do usuário.
Molas e amortecedores
Molas colocadas na altura dos tornozelos e da cintura, além de um sistema de amortecimento junto ao joelho, permitem que o equipamento imite bem o andar normal de um ser humano, necessitando para seu funcionamento de uma fonte de energia de apenas 1 watt de potência. Existem exoesqueletos capazes de permitir o carregamento de pesos muito maiores, mas exigindo até 3.000 watts de potência, supridas por um gerador acionado por um pequeno motor a gasolina.
Imitar bem o andar de um ser humano não é o mesmo que não afetar esse andar. Os pesquisadores descobriram que, além de inteferir um pouco com o balanço normal do corpo, o novo exoesqueleto faz com que seu portador consuma 10% a mais de oxigênio do que o normal, devido ao esforço para compensar essa interferência. É justamente nesse inconveniente que os pesquisadores vão trabalhar agora.