Redação do Site Inovação Tecnológica - 19/08/2005
Robô peso-leve
Quem acha que os robôs industriais têm que ser feios e com aspecto truculento pode rever seus conceitos.
O LWR III, a terceira versão de um braço manipulador robótico, desenvolvido pelo instituto alemão DLR, dá um show de design. E, para deixá-lo bonito, os engenheiros não puderam poupar inovações, o que transformou o LWR III também em um primor de tecnologia.
O nome, LWR, é uma sigla para Light-Weight Robot, ou robô peso-leve. Apesar do nome, o LWR III tem uma das melhores relações peso/carga entre os robôs industriais. Ele pesa apenas 13,5 quilos e é capaz de erguer e manipular até 15 kg. Ou seja, ele ultrapassa a relação 1:1, há muito tempo perseguida pelos robôs industriais.
Graus de liberdade
Para alcançar tamanha leveza, todas as peças do robô tiveram que ser otimizadas ao máximo. Ele utiliza reduções do tipo harmonic drive, sistemas de freio otimizados e uma infinidade de sensores e controles eletrônicos.
Sua construção é totalmente modular, com as diversas partes conectadas por estruturas de fibra de carbono. Com sete graus de liberdade, o robô tem a mesma capacidade de movimento de um braço humano, o que lhe dá maior flexibilidade e maior raio de ação do que os robôs industriais tradicionais.
Toda a eletrônica, incluindo os conversores de potência, é integrada no próprio braço robótico, o que dispensa os enormes racks utilizados pelos robôs industriais normais. Cada junta é isolada galvanicamente, comunicando-se com as demais por um barramento de fibra óptica, tudo embutido.
Sensores integrados
Os sensores integrados também são uma novidade na robótica.
Cada junta é equipada com um sensor de posição do motor, um sensor de posição da junta e um sensor de torque da junta. Avançados algoritmos de controle permitem uma operação sem qualquer vibração e movimentos de elevada dinâmica.Um modo de torque controlado também permite que o robô possa ser utilizado em virtualmente qualquer aplicação, independentemente da sensibilidade exigida dos movimentos.
Com tanta tecnologia, o LWR III está sendo cotado para aplicações espaciais. Mas sua flexibilidade com certeza abrirá campo para aplicações mais "chão-de-fábrica".