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Brasil agora tem política para a área de biotecnologia

Agência FAPESP - 12/02/2007

Brasil agora tem política para a área de biotecnologia

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou na última quinta-feira (8/2) decreto que cria o Comitê Nacional de Biotecnologia e institui uma política específica para o setor.

Segundo o governo, a nova política permitirá investimentos de R$ 10 bilhões em biotecnologia no Brasil nos próximos dez anos. Desse total, 60% viriam de recursos públicos, tanto do Orçamento Geral da União como do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e de fundos destinados a investimentos em pesquisa, ciência e tecnologia. Os 40% restantes seriam de parceiros privados.

Quatro setores receberão investimentos: saúde, agropecuária, indústria e meio ambiente. "O governo irá identificar a demanda e criar ferramentas para transformar o conhecimento acumulado nas universidades em produção industrial", disse Antonio Sergio Martins Mello, secretário de Desenvolvimento Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em entrevista à Agência Brasil.

Com 17 membros de diversas esferas do governo federal, o Comitê Nacional de Biotecnologia vai gerenciar a política pública para a área e definir as prioridades. Coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, o comitê é composto por representantes da Casa Civil e de mais sete ministérios: Saúde, Ciência e Tecnologia, Agricultura, Meio Ambiente, Educação, Desenvolvimento Agrário e Justiça.

Também integram o comitê órgãos ligados ao desenvolvimento de pesquisas, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Instituições que ajudarão a financiar os projetos, como o BNDES e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), também farão parte do comitê. O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são os demais integrantes.

O comitê vai trabalhar em conjunto com o Fórum de Competitividade em Biotecnologia. Formado por representantes do governo, indústria, comunidade acadêmica e de demais setores da sociedade, o fórum existe desde o fim de 2004.

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