Redação do Site Inovação Tecnológica - 27/04/2004
Adulto ou criança, homem ou mulher, a maioria das pessoas tem uma aversão significativa a uma injeção. Por mais que se tenha uma dimensão da dor a ser experimentada, a sensação à aproximação da seringa parece ser sempre maior do que o efeito que ela efetivamente produz. Mas esse "sofrimento" pode estar com seus dias contados, graças a uma pesquisa feita por cientistas da Universidade da Georgia (Estados Unidos).
A equipe do Dr. Mark Prausnitz desenvolveu um conjunto de microagulhas capazes de injetar remédios e vacinas através da pele sem causar dor. Feitas de vários materiais, as agulhas medem aproximadamente 1.000 mícrons de comprimento e já foram testadas em animais e em cadáveres humanos, tendo provado, no primeiro caso a ação sem dor e, no segundo, a capacidade de inocular proteínas, nanopartículas e moléculas de vários tamanhos através da pele.
Na verdade o método criado pelos pesquisadores permite que eles fabriquem microagulhas sólidas e ocas em uma grande variedade de formatos e a partir de diversos materiais como metais, polímeros biodegradáveis, silício e até vidro.
As agulhas são construídas a partir de moldes, tornando o processo de fabricação simples e barato, além de resultar em agulhas com elevada padronização. Os moldes para as microagulhas metálicas são construídos em polímeros perfurados a laser. Já as microagulhas de vidro utilizam técnicas convencionais de sopro em vidro, apenas numa escala quase microscópica.
Os pesquisadores estão agora desenvolvendo um sistema de aplicação, já que as seringas tradicionais não serviriam para agulhas tão pequenas. O aplicador automático que está sendo desenvolvido deverá garantir uma mínima variabilidade na inserção das agulhas, assim como garantir que a quantidade correta de medicamento seja injetada no paciente.