Redação do Site Inovação Tecnológica - 27/12/2006
Embora já estejam conseguindo fabricar nanotubos de carbono na faixa dos milímetros de comprimento, até agora os cientistas não entendiam exatamente como se desenrola o processo de sua formação. Isto porque a reação que gera essas incríveis nanoestruturas é rápida demais, durando as frações de segundo de um "zapt" de energia no meio de um amontoado de grafite em pó.
Agora, cientistas da Academia de Ciências da China, coordenados pelo Dr. Zhu Zhenping, conseguiram fazer uma "ultra câmera lenta" do processo, fotografando as etapas intermediárias do nascimento de um nanotubo de carbono.
A teoria mais aceita até hoje, conhecida como modelo de absorção-difusão- grafitização, elaborada por R.T.K. Baker, estava se mostrando muito fraca para explicar uma grande variedade de fenômenos que estão sendo documentados nas experiências práticas.
A equipe do Dr. Zhenping então "congelou" a reação em várias etapas, gerando uma nova descrição que deverá ajudar a cientistas do mundo todo no projeto de novas experiências e no desenvolvimento de novas técnicas para fabricação dos nanotubos.
As fotos das etapas intermediárias da reação mostra que o processo de desenvolve em três etapas bem definidas. Na primeira, o carbono do grafite forma nanopartículas a partir da condensação dos átomos de carbono. A seguir, essas nanopartículas se estruturam sozinhas - se "automontam", como dizem os cientistas - em nanofios, por meio de uma interação anisotrópica. Na última etapa, os nanofios se transformam em nanotubos como conseqüência da coalescência das partículas e cristalização estrutural.