Redação do Site Inovação Tecnológica - 11/11/2003
Pesquisadores da Universidade de Toronto (Canadá) desenvolveram um método de detecção de fraudes em documentos utilizando tintas sensíveis a raios laser. Trabalhando com nanocápsulas de tintas, medindo apenas alguns bilionésimos de metro, os cientistas criaram uma nova estratégia para criptografar fotografias, assinaturas e impressões digitais em documentos confidenciais.
"Esta tecnologia irá dar a agentes de segurança a garantia de que os documentos não são fraudes," afirma a professora de química Eugenia Kumacheva, coordenadora da pesquisa. "Ela permite um nível muito elevado de criptografia e é relativamente barata de se produzir."
Uma finíssima película de polímero é produzida a partir de cápsulas de três camadas, formadas por três tintas diferentes. Cada camada é sensível à luz de um determinado comprimento de onda: ultravioleta, visível ou infravermelha. Utilizando irradiação de alta intensidade, a pesquisadora utiliza os três comprimentos de onda diferentes para criptografar vários padrões diferentes em um documento confidencial. A olho nu, o documento de identificação, seja ele um passaporte ou um "smart card", poderá revelar uma fotografia, mas sob análise de equipamentos apropriados, poderão ser reveladas assinaturas ou marcas de identificação.
A tecnologia poderá oferecer uma alternativa rápida para as esperas nas longas filas que se formam quando é necessária a identificação de vários usuários, como em aeroportos e postos de atendimento do governo.