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Espaço

AEB apresenta tecnologia que reduzirá custo dos satélites nacionais

Wellton Máximo - Agência Brasil - 09/07/2007

Tecnologia reduzirá custo dos satélites nacionais
A Plataforma Multimissão corresponde ao chassi do satélite, cabendo em vários tipos de foguetes lançadores e servindo como base para os tipos mais variados de cargas e missões.
[Imagem: INPE]

O Brasil está próximo de desenvolver uma tecnologia que vai baratear e tornar mais rápida a fabricação dos satélites nacionais. A Agência Espacial Brasileira (AEB) revelou as ações de construção de um módulo espacial que permitirá a construção de diversos satélites a partir de uma estrutura comum.

Plataforma Multimissão

Com capacidade para sustentar até 280 quilos e voar em órbitas de altitude entre 600 e 1,2 mil quilômetros, o módulo é chamado de Plataforma Multimissão (PMM). Comparada ao chassi do satélite, essa plataforma cabe em vários tipos de foguetes lançadores e serve como base para os tipos mais variados de carga - seja uma câmera para monitorar os desmatamentos na Amazônia ou um equipamento para fazer previsões meteorológicas.

"A principal vantagem da plataforma será trazer versatilidade aos satélites brasileiros", apontou o engenheiro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Mário Quintino, coordenador do Projeto Plataforma Multimissão. Segundo ele, outra melhoria trazida pela PMM será a redução de custos na fabricação de satélites, já que o novo módulo será sempre o mesmo, independentemente da carga acoplada a ele.

Satélites nacionais

O engenheiro acrescentou que essa tecnologia é essencial para trazer agilidade ao programa espacial brasileiro, que pretende lançar um satélite por ano de 2010 a 2020. "Como a plataforma é desenvolvida separadamente em relação à carga, o satélite nacional se torna mais competitivo", ressalta. Segundo ele, os satélites produzidos com a PMM podem ficar até dois terços mais baratos.

Entre as funções da plataforma estão a propulsão, o controle de altitude e a sustentação dos painéis solares que fornecem energia para o satélite.Do tamanho de uma caixa com um metro de lado, a primeira PMM tem previsão de ficar pronta em 2009. Desenvolvido pelo Inpe, em conjunto com indústrias e com o apoio da AEB, o protótipo da plataforma, disse Quintino, custará US$ 45 milhões. Depois de pronta, esse custo será reduzido a um terço.

Monitoramento da Amazônia

Ele informou que o satélite Amazônia 1, que deverá ser lançado em 2010 e servirá para monitorar a ação do homem na floresta amazônica, contará com a PMM: "Os novos satélites estão sendo desenvolvidos de acordo com as necessidades do país e o combate ao desmatamento na Amazônia é uma de nossas prioridades".

A plataforma também será utilizada para carregar um radar que será acoplado a um satélite, projetado em conjunto pelo Brasil e pela Alemanha, que também atuará na vigilância da Amazônia. Diferentemente dos satélites fotográficos, que só conseguem registrar imagens de dia e com o céu limpo, o radar permite monitorar a floresta durante 24 horas. "Em testes com o radar pendurado em um avião, conseguimos detectar até uma mancha de óleo na água durante a noite", destacou.

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