New Scientist - 19/10/2006
Projetistas das bases lunares que esperavam poder conseguir oxigênio e combustível, assim como água, a partir do gelo nos polos lunares, viram sua idéia derreter-se nas últimas duas semanas.
Utilizando o gigantesco rádio-telescópio de Arecibo, Porto Rico, Donald Campbell e seus colegas da Universidade de Cornell, Estados Unidos, obtiveram as imagens de radar de maior resolução já feitas das escuras crateras próximas ao polo sul da Lua. Acreditava-se que elas poderiam abrigar gelo.
Eles relataram nesta semana na revista Nature que sinais incomuns de radar, anteriormente atribuídos ao gelo, são também refletidas por áreas iluminadas pelo Sol, onde o gelo não poderia subsistir. "Lá poderá haver gelo em minúsculos grãos," disse Campbell à revista New Scientist, mas depósitos grossos que poderiam ser um recurso utilizável parecem ter que ser descartados.
A mesma conclusão foi relatada alguns dias antes por David Paige, da Universidade da Califórnia, cuja equipe calculou as temperaturas ao redor do polo sul lunar e descobriram que a maior parte das "armadilhas geladas" não poderiam conter gelo.
Para saber mais sobre a busca de gelo na Lua, veja a reportagem Procurando água na Lua.