Redação do Site Inovação Tecnológica - 18/07/2007
Todo equipamento eletrônico precisa ter um comportamento neutro em relação à radiação eletromagnética - seu funcionamento não deve ser afetado pela presença de campos eletromagnéticos e, ao mesmo, ele não deve gerar campos eletromagnéticos que possam afetar outros equipamentos. Essas normas visam, em última instância, diminuir a "poluição" eletromagnética ao nosso redor e fazer com que todos os equipamentos que compramos funcionem como esperamos.
Interferência eletromagnética
Para serem imunes à interferência eletromagnética, esses equipamentos devem possuir uma blindagem, uma espécie de escudo protetor que impeça a livre passagem das ondas eletromagnéticas. Essa blindagem hoje é feita de metal, o que tem se tornado um problema com a crescente miniaturização dos aparelhos, principalmente pelo peso excessivo. Isso sem contar o custo elevado e o risco de corrosão.
Agora, cientistas da Universidade da Virgínia, Estados Unidos, conseguiram criar um novo plástico condutor de eletricidade que funciona tão bem quanto os metais para a blindagem contra a interferência eletromagnética, mas que é muito mais leve. O novo compósito reúne o melhor dos metais - a excelente condutividade elétrica - e dos plásticos - a leveza e a moldabilidade - além de oferecer uma capacidade de blindagem ainda melhor do que as atuais.
Blindagem plástica
O novo nanocompósito é uma mistura de plástico, nanotubos de carbono e um agente químico que dá uma textura de espuma ao material, produzindo bolhas de ar no seu interior. O resultado é um plástico nanoestruturado extremamente leve, à prova de corrosão e mais barato de se produzir do que os metais.
Segundo o pesquisador Mool C. Gupta, coordenador da pesquisa, os nanotubos de carbono desempenham um papel fundamental na criação das incríveis propriedades do novo plástico condutor de eletricidade. Mesmo representando apenas entre 1 e 2 por cento do volume do material, os nanotubos de carbono conseguem multiplicar sua condutividade elétrica por 10, além de melhorar a condutividade termal, aumentando a capacidade de dissipação de calor da blindagem.