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Energia

Novo reator poderá viabilizar hidrogênio a partir de fontes renováveis

Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/02/2004


Célula a combustível com etanol

Engenheiros da Universidade de Minnesota (Estados Unidos) construíram um novo reator capaz de produzir hidrogênio de uma fonte renovável, o etanol, de forma eficiente o suficiente para dar-lhe viabilidade econômica.

Quando associado a uma célula a combustível, o novo reator, que cabe na palma da mão, poderá gerar cerca de 1 kW de potência, o suficiente para abastecer uma casa pequena.

Os pesquisadores antevêem um uso para sua invenção: a geração de energia elétrica em localidades remotas, não atingidas pela rede de distribuição tradicional.

O processo, testado com etanol, poderá também funcionar com biodiesel. Participaram da pesquisa Lanny Schmidt, Gregg Deluga e James Salge.

Biocombustível

O hidrogênio atualmente é produzido por um processo chamado reforma, que demanda grandes quantidades de energia, o que inviabiliza sua produção para utilização em células a combustível.

Além disso, o hidrogênio é normalmente extraído do metano, um combustível fóssil.

Já o etanol é produzido a partir do milho e já é utilizado para o funcionamento de carros.

"Nós podemos potencialmente extrair 50 por cento da energia armazenado na glucose do milho, enquanto que converter o açúcar em etanol e queimar o etanol no motor de um carro extrai apenas 20 por cento dessa energia," explica Schmidt.

A diferença entre os dois processos se deve à necessidade de se extrair a água do etanol para que ele possa ser utilizado como combustível em um automóvel.

Mas o novo processo não requer etanol puro; na verdade ele extrai hidrogênio tanto do etanol quanto da água.

Reator

O novo reator se baseia em duas inovações: um catalisador baseado nos metais ródio e cério e um injetor de combustível do tipo utilizado em injeção eletrônica de combustível em automóveis, responsável pela vaporização da mistura etanol-água.

A mistura vaporizada é injetada em um tubo que contém uma válvula porosa feita de ródio e cério. A mistura original passa pela válvula, emergindo do outro lado como hidrogênio, dióxido de carbono e outros sub-produtos traço.

A reação leva apenas 50 milissegundos e elimina as chamas e a fuligem que normalmente acompanham a combustão do etanol.

Em uma mistura típica de etanol e água, um processo ideal poderia retirar cinco átomos de hidrogênio por molécula de etanol. Reagindo apenas o etanol, o máximo que se conseguiria seriam três átomos de hidrogênio.

Os cientistas agora esperam otimizar o funcionamento do aparelho para que ele possa chegar ao mercado.

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