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Robótica

Transmissão de emoções pelo toque poderá criar chip emocional para robôs

Redação do Site Inovação Tecnológica - 30/05/2008

Transmissão de emoções pelo toque poderá criar chip emocional para robôs
Uma "pele de coelho" artificial recobre totalmente o robô propriamente dito.
[Imagem: Steve Yohanan]

Quem tem animais em casa sabe o quanto e como eles reagem ao toque e como essas reações são importantes no estabelecimento de uma relação de amizade entre o dono e o animal.

Comunicação pelo toque

O pesquisador canadense Steve Yohanan, que se inspirou em sua própria gata, está tentando levar essa possibilidade de comunicação pelo toque para os robôs.

Segundo ele, a sensação do tato é uma forma essencial de comunicação e sua ausência pode ter um efeito negativo na interação das pessoas com os robôs, uma questão importante agora que os robôs tendem a se tornar companheiros do dia-a-dia.

Háptica robótica

A háptica, que estuda o uso do tato e sua integração a equipamentos, já foi utilizada para simular até mesmo o toque no coração de um paciente real, mas a sensação de toque incorporada aos robôs ainda é um campo de pesquisas incipiente.

Para testar suas primeiras idéias, Yohanan e sua colega Sandra Yuen criaram um robô que eles inicialmente chamaram de HaptiCat, uma junção de háptica e gato. Depois, com a intenção de tornar a pesquisa mais genérica, com resultados aplicáveis a diferentes tipos de robôs, eles o rebatizaram como Criatura Háptica.

Carinho no robô

A "criatura" utiliza sensores de pressão para detectar quando alguém toca diversos pontos de seu pelo. Dependendo da forma e da intensidade do toque, o robô reage de diferentes formas, alterando a intensidade de sua "respiração", dando leves tremidos ou mexendo as orelhas, por exemplo.

O objetivo do trabalho não é o desenvolvimento de um robô de alta tecnologia, embora os resultados certamente ajudarão na construção de robôs com maior interatividade.

Chip emocional

O principal objetivo dos pesquisadores é estudar o toque como mecanismo de comunicar emoções. Para isso, a Criatura Háptica é utilizada em pesquisas com voluntários, que avaliam os tipos de emoções exteriorizadas pelo robô.

O programa que está sendo desenvolvido, responsável pelo controle do robô, será uma espécie de "modelo emocional", que poderá ser utilizado como interface entre sensores e atuadores de vários tipos de robôs.

Para conhecer outra pesquisa que quer dar um toque emocional aos robôs, veja Pesquisa quer dar inteligência emocional a robôs. Para ver outros trabalhos que desenvolvem sensações de tato para robôs, veja Pele artificial para robôs tem avanços significativos e "Pele artificial" para robôs tem mais de mil sensores.

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