Com informações da BBC e NASA - 29/01/2014
Astrônomos de todo o mundo estão entusiasmados com a descoberta da supernova mais próxima nas últimas duas décadas.
A explosão da supernova, na Galáxia do Charuto (M82), foi descoberta no dia 21 de Janeiro, a cerca de 12 milhões de anos-luz da Terra.
Estima-se que ela deva atingir seu brilho máximo dentro de uma semana.
Então, a supernova será tão brilhante que poderá ser vista com telescópios domésticos de boa qualidade ou até mesmo com binóculos.
"Estávamos fazendo uma observação há uma semana com estudantes e, em uma das imagens que conseguimos, de curta exposição, pudemos ver este ponto brilhante de luz na imagem da galáxia. Imediatamente nos demos conta que isto era uma supernova, a explosão de uma estrela," contou Steve Fossey, astrônomo da Universidade College de Londres.
Fossey e seus alunos estavam usando um pequeno telescópio de 35 centímetros, menor do que o utilizado há poucos dias por astrônomos brasileiros para descobrir um cometa.
A União Astronômica Internacional catalogou a supernova como SN2014J.
"É uma oportunidade excelente para a frota de naves espaciais que temos e para os observatórios na Terra. Uma supernova tão próxima como esta provavelmente ocorre uma vez em décadas," acrescentou Fossey.
Supernova
A supernova da Galáxia do Charuto, na constelação de Ursa Maior, permanecerá brilhante por cerca de um mês e os cientistas querem aproveitar ao máximo a possibilidade de conhecer todos os segredos do fenômeno.
"Um dos modelos aceitos é que [a supernova] tem o que chamamos de uma anã branca, que efetivamente é uma estrela como o Sol e que está na fase final de sua vida, inerte e quente, uma estrela que tem uma companheira binária, uma amiga, atraindo material dessa amiga e ficando maior e mais quente até que atinge uma temperatura crítica e explode em pedaços," explicou o astrônomo.
Os telescópios espaciais deverão registrar a onda expansiva do material ejetado pela explosão, de cuja análise poderão ser obtidas informações sobre a origem da supernova.
Além de ajudar a compreender o processo de morte de uma estrela, as supernovas são muito importantes pela luminosidade, que permite medir com precisão as distâncias entre as galáxias.